VOU DEIXAR A VIDA ME LEVAR... PARA ARUBA!

Nossa viagem foi assim:
Época: Julho *****
Hotel: Marriott Resort Stellaris Casino ****
Faixa etária das crianças: 9-11 anos *****



Com todo o fascínio de nosso filho pelo fundo do mar, para nossas próximas férias estávamos à procura de um lugar que reunisse todas essas características:
    - Fácil acesso desde o Brasil (reduzindo, assim, os custos e o tempo da viagem)
    - Boa infraestrutura e pouco stress no planejamento
    - Operadoras de mergulho de fácil acesso e bem estruturadas.
    - Bons pontos para fazer snorkel
    - Equilíbrio entre passeios em terra, em mar e praia/piscina

Havíamos estado em Aruba há muitos anos, ainda sem crianças na família. Tínhamos boas lembranças do lugar, e resolvemos ir checar se a ilha ainda era aquele pequeno paraíso caribenho bem pertinho do Brasil. Aruba, apesar de ter sofrido muitas mudanças (algumas delas para pior, é preciso dizer), continua sendo um destino que vale a pena, e atendeu plenamente todas as nossas expectativas.

Em primeiro lugar, entre nossas prioridades, queríamos um destino no Caribe que não precisasse de uma conexão em Miami ou na América Central. Apesar de não ser nenhum primor de companhia aérea, a Gol tem voos para Aruba e Barbados, mas optamos pela Antilha Holandesa pela facilidade de se hospedar e passear na ilha, além da familiaridade com o lugar. O voo para Aruba faz uma escala em Caracas, mas não nos importamos porque não é preciso descer do avião e, o mais importante, a bagagem permanece nele. Isso porque relatos de furtos de objetos de dentro das malas, na Venezuela, são muito comuns, mas nesse caso não correríamos esse risco.

Se tiver possibilidade, opte pela tarifa Comfort da Gol, principalmente se estiver com bebê de colo que não tem direito a assento no avião. A tarifa Comfort, ao contrário do que parece, não é para acomodação em uma poltrona com mais espaço. As fileiras são as mesmas do restante do avião, com a diferença de que, a cada 3 poltronas, uma (a do meio) é deixada vazia. Assim, você poderá acomodar o bebê nessa poltrona (entre papai e mamãe), ou deixar as crianças deitarem durante o voo para um sono mais tranquilo. Para os adultos, não oferece muito conforto a mais, mas só o fato das crianças conseguirem dormir e chegarem ao destino sem aquele cansaço, já é uma vantagem e tanto!

Realmente Aruba é um destino muito fácil, desde a reserva aqui no Brasil até a organização dos passeios por lá. Como estávamos com crianças e avós, decidimos deixar o espírito aventureiro de lado e reservar quase todos os passeios na operadora que ficava bem ali, no lobby do hotel. A De Palm Tours é uma das maiores operadoras de Aruba e, apesar de lidar com grupos grandes, em grandes ônibus, catamarãs cheios de gente e de ter até sua própria ilha particular, é bem eficiente e o serviço, muito bom (falaremos um pouco mais sobre os passeios em uma próxima postagem).

Assim, se você também quiser um destino muito fácil, bonito, gostoso de visitar, e se sua família (como 99% das famílias) gostar de praia, sol e boa comida, coloque Aruba no topo de sua lista de destinos de viagem, e com certeza não se arrependerá!

Reserve seus dólares

Bem, na verdade Aruba atendeu a quase todas as nossas necessidades: o custo no final ficou um pouco acima do desejado. De fato, reservar hotel e avião para lá é relativamente barato. Se conseguir planejar tudo com um pouco de antecedência (2 ou 3 meses são suficientes, exceto no Réveillon), é recomendável fazer as reservas por conta própria. Os pacotes para Aruba, nas agências de turismo, saem mais caro do que comprar tudo online, principalmente porque agora os hotéis estão com promoções excelentes, devido à crise econômica no hemisfério norte. Basta entrar no site da Gol (que opera os voos diretos para a ilha), e dos hotéis, e fazer suas reservas. Agora, se deixar para última hora, pode não conseguir passagens, e ser obrigado a comprar um pacote.

Parasail.
Apesar desse custo inicial baixo (a nossa viagem custou menos que qualquer pacote para Bariloche, nordeste ou EUA), é preciso reservar algum dinheiro para fazer os programas na ilha. Esses, dependendo do número de pessoas, podem sair bem caros. Um dia na De Palm Island, por exemplo (programa imperdível para as crianças), custa cerca de US$ 100 por pessoa. Um passeio de submarino custa um pouco mais que isso (e dura só 2 horas), enquanto um voo de parasail pode sair por US$ 60. Além disso, na maioria dos hotéis não há nenhuma refeição incluída na diária. Portanto, vá fazendo as contas e veja a até quanto chega a despesa total!

É claro que há alternativas mais em conta para explorar a ilha. Você pode, por exemplo, não contar para seus filhos que existe De Palm Island, e simplesmente curtir a praia e a piscina do hotel (ambas excelentes), ou alugar um carro e explorar a ilha por conta própria. Mas esses programas de baixo custo deixam de fora duas das principais atrações de Aruba: a costa norte/leste, que só é acessível em 4x4 e não tem estradas bem demarcadas, e o fundo do mar. Falaremos um pouco mais sobre os passeios de Aruba numa próxima postagem, mas por enquanto a mensagem que queremos deixar é esta: reserve uma boa quantia para gastar nos passeios em Aruba, ou corre o risco de sair sem ter visto a parte mais bonita da ilha.

Uma observação importante quanto à época da viagem: a princípio, tínhamos planejado ir para lá em janeiro, e havíamos reservado passagem e hotel de acordo. Tivemos contratempos e precisamos adiar a viagem para julho, e qual não foi nossa surpresa ao verificar que todos os custos eram cerca de 30% mais baixos nessa época do ano! E, quanto ao tempo, temperatura e atrações da ilha, não há rigorosamente nenhuma diferença em relação ao início do ano. Portanto, se for planejar uma viagem a Aruba, recomendamos que vá no mês de julho, fuja das multidões, e ainda pague muito mais barato do que em janeiro.

Reserve seu hotel

A quantidade de opções de hospedagem em Aruba é de deixar qualquer um tonto. Para uma ilha tão pequena, com pouco mais de 100 mil habitantes, a quantidade de hotéis é impressionante. E não páram de construir novos complexos com ainda mais leitos. A mais nova adição às opções de Aruba será, pelo que nos contaram, um Ritz localizado na praia de Palm Beach, já que Hyatts e Marriotts não são luxo suficiente para alguns viajantes mais abonados (e sortudos).

De maneira geral, existem de verdade 3 opções para se hospedar na ilha:

1. Oranjestaad: é o centro político e econômico de Aruba, e o único hotel que se localiza lá é o Renaissance. Apesar de ser só um hotel, fazemos questão de listá-lo aqui porque é muito inusitado e diferente. Fica de frente para o mar, mas não tem praia. No entanto, de dentro do lobby do hotel (literalmente) saem lanchas que vão para a ilha particular do hotel, onde os hóspedes podem aproveitar gratuitamente a praia e até contratar saídas para mergulho. Além disso, o hotel fica em cima de um dos maiores shoppings de Aruba. Não é um centro muito grande, mas tem boas lojas e várias marcas de luxo (para os que gostam). Tem também um dos maiores cassinos de Aruba e alguns bons restaurantes. É preciso dizer que o centro de Aruba não é mais um lugar cheio de vida e agito como antigamente. Várias lojas estão fechadas, quase não há mais restaurantes espalhados pelas calçadas (é preciso procurar bem para encontrá-los), então no Renaissance você estará literalmente numa ilha dentro da ilha.

2. Eagle Beach: é frequentemente apontado por guias e revistas de viagem como um lugar ideal para se hospedar, devido à horizontalidade dos hotéis (low rise em inglês). Realmente, os hotéis são espalhados em propriedades baixinhas (no máximo 2 ou 3 andares de altura), mas têm um problema crucial para quem viaja com crianças: é preciso atravessar uma avenida para chegar à praia, portanto os hotéis não são pé na areia. Até onde pudemos ver, o único hotel que fica na praia é o Divi Aruba Phoenix Resort.

Palm Beach.
3. Palm Beach: em nossa opinião, é o local ideal para se hospedar em Aruba com família e crianças. Quase todos os hotéis pertencem às cadeias internacionais: Marriott, Hyatt, Radisson, Holiday Inn, etc. Portanto, oferecem sempre um mínimo de padrão e qualidade. O primeiro hotel da longa faixa de areia de Palm Beach é o Westin, e o último é, por enquanto, o Marriott Resort & Stellaris Casino. Bem no meio do caminho fica o Hyatt. De um extremo até o outro, caminhando pela praia, pode-se levar mais de uma hora. São, no total, cerca de 10 resorts diferentes (sendo 3 Marriotts). Em Aruba as novas construções estão por todos os lados, e em Palm Beach não é diferente: depois do Marriott Stellaris, há um novo hotel em construção, que nos disseram ser um Ritz.

Um pouco mais sobre Palm Beach

Pela descrição, você já deve ter notado que, mesmo em Palm Beach há diferentes opções para se hospedar. Baseados em pesquisas na internet, nós optamos por ficar no Marriott Stellaris. O hotel é excelente, de estilo moderno, com quartos confortáveis e muito limpos, lobby amplo e agradável, cassino, piscina excelente para as crianças com cascata e bar molhado, acesso à praia com coqueiros e faixa de areia razoável e, na frente de tudo isso, aquele mar azul e calmo... Uma delícia. Por ser o último resort da praia, esse pedaço não fica lotado de gente. Mesmo nos dias mais cheios conseguimos um espaço na areia para colocar a espreguiçadeira (os hotéis fornecem cadeiras, mas não é permitido usar os quiosques de sapê sem fazer reserva e pagamento) e conseguimos nos instalar confortavelmente. A única desvantagem do Marriott é que não dá para fazer muita coisa a pé.

Centrinho de Palm Beach.
Para ir do Marriott até o centrinho de Palm Beach, onde estão localizadas as lojas e restaurantes, caminhávamos pela praia e atravessávamos pelo Hyatt até a avenida de trás. Esse caminho levava cerca de 15 minutos. Entre adultos não há muito problema, mas se estiver com crianças pequenas ou carregando sacolas (na volta), será necessário pegar um táxi. A corrida custa cerca de U$6.

Em nossas caminhadas por Palm Beach, percebemos que, quanto mais nos aproximávamos da região do Hyatt (o resort mais central), mais cheia de gente a praia ficava. A areia é ocupada por várias empresas que oferecem passeios de barco, banana boat, jet-ski, parasail. Assim, sobra pouco espaço para as pessoas ficarem confortavelmente. Em Aruba a praia, mesmo em frente aos hotéis, é pública, e em nossa opinião o Poder Público deveria limitar um pouco mais a atividade das operadoras. Além dos infláveis e barcos, a praia também é ocupada por alguns píers, bares e restaurantes (alguns bem barulhentos).

Se, por um lado, a faixa central, próxima ao Hyatt e entre os resorts Playa Linda e Riu, é mais lotada e muvucada, por outro tem uma grande vantagem: fica bem perto do centrinho comercial de Palm Beach, na avenida de trás dos hotéis (J.E.Irausquin Blvd). Como a maioria não inclui as refeições na diária, é bem conveniente ficar numa localização em que dê para acessar diversos restaurantes e shoppingzinhos a pé. É o caso do Hyatt e seus vizinhos imediatos. Assim, se você não se importar de disputar um pouco o espaço na praia (basta chegar cedo), a localização desses resorts é ideal.

Pais mergulhadores (um parêntese)

Peixe-sapo: raridade pode ser vista nas águas de Aruba.
Todo mergulhador sabe que, ao se tornar pai ou mãe, as chances de mergulhar em viagens com as crianças diminuem bastante. Para esses pais, uma boa notícia: Aruba é uma ótima opção para poder curtir alguns mergulhos sem ter que deixar as crianças em casa! Nós aproveitamos e, durante nossa estadia de 1 semana, fizemos um total de 4 mergulhos em 2 saídas. É claro que os mergulhos não são fantásticos como os de Cuba ou Bonaire, mas vimos muita vida, corais, anêmonas, peixes coloridos e até algumas criaturas raras como peixe-sapo.

Em Aruba, o melhor esquema para quem mergulha é ficar no Hyatt em Palm Beach. Antes de contratar nossos mergulhos, demos uma caminhada na praia e visitamos diversas operadoras de mergulho. Não tivemos boa impressão de algumas, que parecem operações improvisadas. Uma delas tinha só 1 barco que estava em manutenção!

Acabamos optando pela Red Sail Sports, uma das maiores da ilha. Ao contrário do que havíamos lido na internet, os 2 barcos da Red Sail que utilizamos não eram enormes. Pelas informações dos folhetos, levam no máximo 20 mergulhadores, mas nos dias em que saímos não havia mais do que 8 pessoas a bordo. Contratamos nossos mergulhos no quiosque dentro do Marriott, mas o píer de onde saem os barcos da Red Sail fica no Hyatt. Assim, se você se hospedar no Hyatt, poderá sair do seu hotel e ir caminhando pela areia diretamente até o barco do mergulho. Tendo ficado no Marriott, tivemos que utilizar o transfer da empresa (gratuito).

A comodidade de ficar no Hyatt é que você pode deixar as crianças na piscina com um adulto responsável, e sair e chegar do mergulho praticamente de dentro do hotel. Além, é claro, de ser um hotel muito bem avaliado, com uma área externa muito bonita, diversos restaurantes (nós jantamos em um deles, Ruinas del Mar, muito bom) e um cassino.

Claro que, para poder mergulhar com as crianças a tiracolo, é necessário algum preparo prévio. Uma das melhores opções, se houver possibilidade, é levar outros familiares na viagem com vocês. Os avós ou um casal de tios, ou ainda outra família amiga podem ficar com as crianças uma ou duas manhãs para vocês poderem mergulhar. Além, é claro, do prazer de viajar em companhia de pessoas queridas.

Outra opção é utilizar os serviços de baby-sitter dos hotéis. Todos os grandes hotéis indicam baby sitters, e alguns têm até clube infantil para você deixar as crianças. Há duas desvantagens nesse esquema: a maioria das baby sitters não leva as crianças à praia ou à piscina, e há o problema do idioma (em Aruba a maioria das pessoas fala inglês ou espanhol, mas não português).

Por último, se suas crianças forem maiorzinhas, bem comportadas e gostarem do mar, você pode contatar a operadora com antecedência e perguntar se há possibilidade de levá-las no barco com você, mesmo que não sejam mergulhadoras. Enquanto vocês mergulham, as crianças permanecem a bordo.

E, se nada disso der certo, já houve viagens em que recorremos ao bom e velho revezamento. Enquanto um dos pais ficava com as crianças, o outro mergulhava. No dia seguinte, os papéis se invertiam.

Filhos mergulhadores

Aruba: excelente para iniciar
as crianças no snorkel.
Por fim, queríamos também um destino em que a família toda pudesse curtir o fundo do mar, fazer snorkel e também outros passeios em terra. Nesse quesito Aruba se saiu melhor do que o esperado! Fizemos passeio em submarino, em jipes na parte selvagem da ilha, caminhadas entre cactos e árvores nativas, passeios de barco, etc.

O snorkel foi um capítulo à parte, um dos pontos altos da viagem. Geralmente em lugares como Cancún, o snorkel é feito em parques, em verdadeiras "piscinas" salgadas cheias de peixes colocados lá para os turistas. Aruba também tem um snorkel assim: na ilha De Palm, uma parte do recife bem rasa é cercada e há uma grande abundância de lindos peixes-papagaio azuis para o deleite das crianças. Mas, além desse, há possibilidade de fazer snorkel em recifes de verdade e até sobre naufrágios reais. Nesses locais, muita vida, corais e peixes coloridos. Para se ter uma ideia, fazendo snorkel em Aruba vimos barracudas e cardumes de lulas, coisa que nem nos mergulhos com cilindro se vê facilmente.

Peixes-papagaio em De Palm Island.
Assim, se vocês forem, como nós, pais mergulhadores, querendo despertar em seus filhos a vontade de mergulhar, Aruba é um ótimo lugar para aquele primeiro contato com o fundo do mar.

Aguarde as próximas postagens, sobre os passeios de Aruba e os restaurantes que experimentamos em nossa estadia na ilha.

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Comentários

  1. Gostaria de saber se Aruba é um local bom para aposentado residir.

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    1. Só passamos 1 semana na ilha, portanto não temos opinião sobre esse assunto. É um lugar muito bonito, quente e agradável, mas passear é uma coisa, morar é outra completamente diferente, não é mesmo?

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  2. Por onde vocês fizeram as reservas do hotel de vocês?
    Têm boas informações do Westin?

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  3. Gostaria de saber por onde foram feitas as reservas... e se tem boas informações sobre o Westin..
    Obrigada

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