UMA JORNADA INSPIRADORA PELAS ORIGENS DE NOSSOS LEITORES.

  

Para onde você iria, se pretendesse buscar as origens de sua família?

Essa foi a pergunta que fizemos aos nossos leitores há cerca de duas semanas. Inspirados no livro da Primavera Editorial, "A Neta da Maharani", propusemos uma viagem à origem de suas famílias. Todos que responderam concorreram ao sorteio de 4 exemplares do livro, e os vencedores você conhecerá hoje.

As respostas dos participantes foram muito inspiradoras! Mostraram o quanto eles têm vontade de conhecer e buscar suas raízes. Mesmo com famílias formadas por antepassados de vários países, sem esse conhecimento fica faltando alguma coisa, ainda que a gente sequer saiba disso - como era o caso de Maha, a autora do livro... Veja a seguir o que nossos leitores contaram sobre seus países de origem.

Japão

Nosso leitor Eduardo Kato Arahata, como o nome evidencia, é descendente de japoneses. Seus avós paternos e maternos vieram daquele país. Nem é preciso dizer que os japoneses estão presentes em várias cidades brasileiras, e não só venceram, como também se adaptaram perfeitamente ao Brasil, apesar de tantas diferenças culturais entre os dois países.

Portanto, a viagem de Eduardo "seria para o Japão, terra de onde minha família descende e que tenho muita curiosidade de conhecer. Gostaria muito de poder passar por diversas cidades e se possível ir a todas as quatro grandes ilhas das quais é formado o arquipélago. Levar mãe, pai e esposa para lá seria um sonho realizado para toda família."

Barcelona

A leitora Nuria Torrents tem a sorte de seus pais terem vindo de um dos destinos mais visitados da Espanha, Barcelona. Ela já esteve na cidade outras vezes, mas a cada visita conhece ou "re-conhece" lugares de uma maneira diferente. Barcelona é um lugar fascinante, que certamente permite isso! Eis o que ela nos conta:

Parque Guell, Barcelona.
"Para ir ao passado de minha familia, eu buscaria conhecer Barcelona, na Catalunha, Espanha. A viagem seria buscando visitar cada pequeno lugar escondido da cidade. Quase revisitando os lugares em que eu não havia estado, já que nasci em São Paulo, mas que me trariam essa sensação, e isso se dá também pela força de meu nome de batismo, Nuria, um nome típico catalão. Na realidade é o passado de parte da minha família, pois meu pai, nascido em Barcelona, veio muito pequeno para o Brasil e aqui se casou com uma neta de italianos, e me deu o nome da santa comemorativa do dia em que ele deixou o porto de Barcelona, com 11 anos, sozinho, em direção ao Brasil."

"A minha viagem seria uma revisita ao passado não conhecido na consciência, mas que seguramente me acompanha arquetipicamente. Já fiz essa viagem pelo passado de minha família. E foram várias vezes, mas cada vez que volto a Barcelona algo me parece novo, mas que sempre esteve lá. Acho que nunca vou acabar de descobrir esse passado!"
Casa Mila, Barcelona.

De suas visitas anteriores a Barcelona, a Nuria comenta o seguinte: "O que posso recomendar em Barcelona? Tudo!!! Uma visita curta pela cidade leva pelo menos 4 dias: um dia visitando a Sagrada Família, o Parque Guell e as casas de Gaudí. Outro dia conhecendo o centro histórico (Casc Antic ou Bairri Gotic), com uma visita ao Museo Picasso e a Catedral (se for domingo junte-se aos demais que dançam na frente da igreja a "sardana", dança típica catalã). Outro dia visitando o Porto e todas as magnificas obras feitas para as Olimpíadas. E, claro, ir ao Parque de la Ciutadella para conhecer o edificio feito para a Exposição de 1929 e também ir a Montjuic e visitar o Museu Nacional de Arte da Catalunha e a Fundação João Miró. Se quiser conhecer Gràcia (um bairro mais boêmio, semelhante à Vila Madalena, escolha uma das noites e aproveite os inúmeros barzinhos)."

Praia de Barcelona.
Se tiver mais tempo, "o melhor é ficar uns 10 dias para curtir muito mais coisas que a cidade proporciona e tem para acolher os turistas de todo o mundo." E saiba que em Barcelona a língua oficial é o catalão. Mas não precisa saber o idioma para se virar bem na cidade: "se falarem com você em catalão, não estranhe. Primeiro eles cumprimentam em catalão, se você responder é porque entendeu, e aí eles seguem falando na língua pátria. Se não entender, não se preocupe, é só dizer que eles repetem tudo em castelhano e seguem conversando."

Alemanha

A família da mãe de nossa leitora Silvia Meirelles Kaercher veio da Alemanha. Ela conta a história de seus tataravós maternos no livro "Carola", mas nunca visitou o lugar de onde eles vieram: "meus antepassados, por parte de mãe, vieram da Alemanha. Há alguns anos, escrevi sobre a história de uma destas famílias, mas minha maior frustração foi nunca poder pisar e sentir a terra de meus tetravôs."

Portugal

A Marcia Lit, como tantos milhões de brasileiros, tem raízes familiares em mais de um país: do lado materno, Portugal, e do lado paterno, Itália. A Marcia começaria por Portugal: "entraria nesta viagem por Lisboa, para descobrir a pequena cidade de meu avô materno, que nem sei qual é..." E continuaria através da Europa até a Itália, onde sua família tem origem em várias cidades diferentes, e onde ela percorreria o país de norte a sul: "dali, de carro, iria até a Itália percorrendo os cantos de vários ascendentes: Gênova, Palermo, Napoli, Roma." E, no fim, a Marcia fecharia o círculo voltando ao Brasil: "mas retornaria ao meu país, onde eles todos se conheceram!"

Itália

Além da Marcia, outros leitores também viajariam pela Itália. Com o tamanho da colônia italiana no Brasil, não é de se espantar que boa parte das respostas incluiu a bota em seu itinerário. Mas o mais curioso é que as cidades ou regiões da Itália que nossos leitores mencionaram são muito mais diversas do que poderíamos imaginar. Quando dizemos "italianos", damos pouca importância às diferenças regionais que existem dentro do país. Não paramos para pensar nem por um segundo na diferença entre um italiano dos Alpes e outro que viva nas ilhas ao sul da península. E no entanto são tão diferentes quanto os alemães dos espanhóis, mas ao mesmo tempo não deixam de ser... italianos! Realmente um país fascinante, que poderíamos facilmente atravessar de ponta a ponta através das respostas de nossos leitores.
Lucca, Itália.
(foto: Italy Chronicles)

A Luiza Pagliari visitaria a cidade de Lucca, na Itália, com seu aglomerado de casinhas e suas lindas praças com mesas nas calçadas. "Foi onde meu avô nasceu, e eu iria me perder nas ruazinhas da cidade, andar nas muralhas, ouvir o italiano do lugar."

A Lucia A. Gomes Borsato já esteve na Itália, mas voltaria lá para procurar as cidades de onde sua família saiu. "Iria visitar o interior da Itália. Já estive na Itália mas não fui procurar minhas origens. Outro dia amigos me contaram a experiência que tiveram e achei fantástico. Vou organizar uma viagem em família e conhecer minhas origens."

Gôndolas na famosa Veneza.
A Luciana Crestana, por outro lado, já visitou o norte da Itália, de onde veio sua família, mas não hesitaria em repetir a dose: "iria para o Vêneto. Passaria por Veneza, Pádova, Treviso e Vicenza, cidades de onde vieram meus bisavós." Sobre sua primeira visita ao lugar, a Luciana conta: "já fiz essa viagem, quando estava na faculdade, patrocinada por um patronato italiano em São Paulo. Ficamos numa cidadezinha e de lá fomos conhecendo toda a região. Foi uma terapia! Adorei!" Realmente, quando sua família provem de uma das cidades mais lindas do mundo, como é o caso de Veneza, e de uma região tão linda como o norte da Itália, torna-se uma agradável obrigação visitar e conhecer suas raízes!

Do extremo norte passamos ao extremo sul com nossa leitora Cecília Carvalho. Em sua viagem à terra de seus avós, Cecília iria à Sicília, "de onde imigraram meus avós paternos nos idos de 1900. Gostaria de tentar encontrar referências à nossa família, como e onde viviam." Além, é claro, de conhecer as paisagens paradisíacas formadas por suaves colinas, tendo como pano de fundo o Mediterrâneo.

Líbano

E por falar em Mediterrâneo, outro país da região, o Líbano, também apareceu entre as respostas dos leitores. Por coincidência, Beirute é uma das cidades pelas quais Maha passa, no livro "A Neta da Maharani". Nosso leitor Rofis Elias Filho visitaria o Líbano para buscar as origens de sua família. Na verdade, todos nós estudamos o Líbano em nossas aulas de história antiga, pois a região é um dos berços da civilização moderna. Em outras palavras, nosso modo de vida atual teve grande influência do que os fenícios, os antigos libaneses, fizeram e criaram em seu país.


Rofis conta como foi a ocasião em que esteve no país: "o Líbano tem uma das histórias mais antigas do mundo, e meu avô por parte de pai, (Elias Georges), veio de lá em 1914, em uma viagem que durava 4 meses de navio. Por exemplo, Beirute, a Capital, foi arrasada diversas vezes por terremotos e a cidade foi sendo construída uma sobre a outra. Os fenícios, que são os antigos libaneses, foram os primeiros a navegarem os mares, e foi na cidade de Biblos que, segundo consta, foi construído o primeiro porto do mundo e também foi a primeira cidade do mundo. Assim, pode-se dizer que a vida em comunidade começou no Líbano. Além disso, foi nessa cidade que nasceu o alfabeto, e o M tem esse formato porque em árabe água se escreve "may", e o M tem o formato das ondas da água." Como dissemos, um dos berços da civilização.



Baalbelk, Líbano.
(foto: Wikipedia)

No entanto, nem só de passado vive o Líbano. Uma visita ao país hoje em dia une o belo ao histórico, além de vários lugares onde Jesus supostamente esteve, como nos conta Rofis: "a história do Libano é linda, e o país é impressionante, sendo que todos recebem bem os turistas, não importando se você é ou não é da mesma religião que o outro professa. Vale a pena visitar Os Cedros, ou em árabe "Al Ars", que é um parque de cedros (claro), mas foi onde Jesus andou e descansou debaixo de um deles, que está cercado. Tem também Saida e Tiro, ao Sul, que são cidades lindas com muita história. Mais ao sul, está Canaã, onde Jesus teria realizado seu primeiro milagre, e onde existe a caverna onde a tal água virou vinho, e onde é possível entrar. E também Baalbelk, no Vale do Bekka, que tem o maior templo dedicado a Baco do mundo, e que é impressionante, todo de pedra trabalhada com colunas de mais de 30 metros altura."

Mais do que ver e visitar lugares, no entanto, Rofis aprendeu sobre sua origem e a herança de sua família em sua visita ao Líbano: "quando eu estive lá, através de um programa do Governo Libanês para que os descendentes voltassem e conhecessem a terra dos seus antepassados, descobri muitas coisas sobre minha família, a começar pelo meu correto nome que em árabe é Hafez, "o protegido". Meu nome completo seria Hafez ibn Hafez Geoges Mussa. Ibn quer dizer "filho". Minha família foi muito receptiva e tive até que fazer um exame de sangue para saber se o meu tipo era o mesmo dele e era! Visitei a casa onde meu avô nasceu, o sítio onde ele brincava, o rio em que ele pescava e me emocionei com tudo isso. Era como se ele estivesse ali comigo me guiando nas ruas de Jebrayel, nossa pequenina cidade. Zahle também é uma linda cidade, com um rio no meio e um parque com muitos restaurantes no meio do rio. Enfim, existem muitas belezas e encantos na terra dos meus antepassados; basta a você, se quiser, explorá-la. Quem sabe não encontra alguma raiz perdida!


Lendo cada uma dessas histórias, não pudemos deixar de pensar em qual seria a nossa própria resposta, em como veríamos nosso país de origem pelas lentes de nossos pais. Encerramos, portanto, esse post com uma volta completa ao globo: começamos no Japão, e terminamos na Coreia.

Coreia

Nossa família descende de coreanos, tanto da Coreia do Sul, quanto do Norte. Na verdade, quando nossos pais e avós nasceram, não havia essa divisão, e se alguém dissesse a eles que isso aconteceria um dia, certamente seria enxotado da sala como se fosse um lunático. E já se vão quase 60 anos que as duas Coreias estão divididas...

Palácio Gyeongbokkung, Seoul.
(foto do site www.visitkorea.or.kr)
Então, se fôssemos visitar nossas raízes, certamente passaríamos por Seoul, Daegu, cidades da Coreia do Sul de onde a maioria de nossos antepassados veio. Mas também atravessaríamos a fronteira, se isso fosse possível, e visitaríamos as vastas terras que eram propriedade de nossos pais e avôs quando a Coreia ainda era uma só. Talvez fôssemos mais longe ainda, visitando a China, onde alguns deles viveram durante um tempo. Infelizmente, é quase certo que essa visita nos traria mais tristeza do que alegrias, pois veríamos camponeses magros e desnutridos trabalhando arduamente sob um regime que não é capaz nem sequer de dar alimento ao seu povo. Veríamos medo e resignação nos olhos deles, temendo a repressão e serem mandados para campos de concentração, que, tristemente, ainda existem (leia a história de uma refugiada do regime norte coreano clicando aqui).

Por outro lado, não podemos deixar de reconhecer a sorte que nossa família teve por escapar de tudo isso. Nossos avós, pais e tios conseguiram fugir na época da ocupação comunista, deixando todos os seus bens para trás. Alguns deles fugiram a pé, caminhando por vários dias por descampados e montanhas carregando às costas os filhos. Trabalharam duro e sofreram, seja na Coreia do Sul, seja já aqui no Brasil, para reconquistar um mínimo de conforto e condições de vida. Podemos dizer que foram vitoriosos. E, é claro, se a história deles não tivesse se desenrolado assim, nós e nossos filhos não existiríamos, não teríamos a mesma vida que temos, não seríamos quem somos.

Cheonggyechong, Seoul.
(foto: NY Times)
Se nos ativéssemos somente à parte da Coreia que é possível visitar - coisa que efetivamente já fizemos - ressaltaríamos a mistura entre modernidade e tradição que transparece em cada cidade, cada esquina, cada rua. Encravados no coração de Seoul encontram-se palácios milenares, como o Gyeongbokkung (lê-se "quionbokun"), construídos pelas dinastias reais coreanas antes mesmo da Cidade Proibida na China. Eles são cercados por avenidas movimentadas e prédios de vidro reluzentes, por baixo deles há uma extensa rede de metrô, à beira de seus muros passam zunindo carros de luxo e executivos ocupados... Seoul é uma mistura, por um lado, de casinhas centenárias espalhadas por ruelas que sobem desordenadamente os morros (tudo 100% seguro, lá não existem favelas), e, por outro, reurbanizações moderníssimas e premiadas como a do córrego Cheonggyechong (lê-se "tchonguetchon"), além de hotéis de luxo, restaurantes típicos, barracas de comida espalhadas pelas ruas, bairros de compras repletos de lojas modernas. Uma mistura só!

Saindo de Seoul, os contrastes continuam. É possível pegar um moderníssimo trem e atravessar o país em poucas horas, indo visitar, por exemplo, a cidade histórica de Gyeongju (lê-se "quion-dju"), Patrimônio da Unesco, onde há uma das maiores concentrações de edifícios históricos, com construções desde 700 a.C.. Se a viagem for de carro, logo após um estaleiro de última geração onde você vê um grande navio sendo construído, pode surgir um pergolado de madeira com vários peixes pendurados - uma centenária técnica usada até hoje pelos coreanos para secá-los. Ao lado de um parque nacional preservado, com bosques e montanhas magníficos, há a estação de esqui mais moderna do país, Pyeongchang, que sediará as Olimpíadas de Inverno de 2018.

Numa visita à Coreia, a tenacidade e respeito às tradições do povo coreano saltam à vista. Mesmo sendo uma pequena península à sombra da gigantesca China, manteve sua identidade e suas tradições. Mesmo tendo sido ocupada repetidas vezes pela própria China e pelo Japão, a Coreia manteve intactos centenas de edifícios antiquíssimos, sua arte, sua música e sua cultura milenar. Por outro lado, também podemos testemunhar a engenhosidade e o talento dos coreanos modernos, que reergueram seu país das cinzas - foi praticamente devastado na guerra dos anos 50 - e o transformaram em uma das maiores economias da Ásia.

Essas características também acompanharam nossos avós e pais que chegaram ao porto de Santos após 30 dias de viagem em condições precárias. A tenacidade e a engenhosidade dos coreanos que vieram ao Brasil transparece em suas conquistas. Venceram a barreira da língua, da pobreza extrema em que chegaram ao País, e construíram uma vida, família, negócios. Com muitos percalços, dificuldades e sacrifícios que até hoje ainda não terminaram. Como tantos outros imigrantes, fizeram do Brasil seu lar, e aqui lançaram novas raízes, diferentes das de seu país natal, mas com a mesma tenacidade, com a mesma engenhosidade e, agora, com um pouco de brasilidade.

Algumas das histórias de nossos leitores também deixaram transparecer o sacrifício de seus pais ao chegarem ao País. Mas também mostraram orgulho pelas suas raízes, e vontade de conhecer os lugares centenários construídos por eles, as pequenas cidades encravadas em montanhas da Itália ou à beira do Mediterrâneo. Um ponto muito importante da identidade do imigrantes certamente é o nome, coisa que a Nuria e o Rofis descobriram em suas viagens. Nossos leitores também relataram viagens lentas, com longas caminhadas ou atrás do volante de um carro, para efetivamente conhecer os lugares. No caso das terras dos nossos antepassados, não basta um "bate-volta", queremos mesmo é nos demorar e aproveitar cada momento!




Pela amostragem das respostas dos participantes de nossa pequena viagem literária, pudemos comprovar que o Brasil de fato é um mosaico de culturas e povos diferentes, fruto da imigração que sempre, desde os portugueses, foi marca da formação de nosso povo. Poder aprender com cada nacionalidade e cada cultura é uma oportunidade inestimável que nossos leitores puderam nos proporcionar, e que esperamos que você também tenha aproveitado. Agradecemos a todos que participaram do sorteio, compartilhando conosco um pouco da história de sua família! Agradecemos também à Primavera Editorial por ter cedido os livros para a realização dessa viagem.

Vencedores do sorteio

Conforme prometido, pegamos os números atribuídos pelo SurveyMonkey a cada questionário respondido, e fizemos uma geração randômica de números pelo www.random.org. Descartamos os números repetidos sorteados pelo site, e a lista final dos quatro vencedores é:
- Luciana Crestana
- Marcia Lit
- Nuria Torrents
- Rofis Elias Filho

Parabéns a todos os sorteados! Em breve a administração da Primavera Editorial entrará em contato com vocês para combinar os detalhes da entrega dos livros, aos endereços informados nos questionários.

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